"Quando não compreendemos a dor, ela nos dilacera. Quando entendemos seus fins, ela nos aperfeiçoa"

Ainda hoje se desconhecem as razões pelas as quais a arte marcial chinesa passou a ser conhecida por Kung Fu ( ideograma ao lado) no Ocidente, termo que no dialeto cantornês significa "tempo de habilidade", ou seja, designa o tempo de habilidade necessária ao domínio eficiente de uma arte qualquer.

Por outro lado, a existência de centenas de estilos diferentes de Kung Fu ( Wushu - "Arte Marcial") deve-se primordialmente à situação geográfica do meio ambiente onde surgiram esses estilos. Além desse fator, influências religiosas e filosóficas também tiveram papel importante na formação desses estilos. Assim, os pensamentos confucionista e taoísta deram origem às escolas internas Nei Chia e os templos budistas Ch’na ensejaram o surgimento e desenvolvimento das escolas externas Wai Chia.

No Brasil, principalmente nas grandes capitais, podem ser encontrados diversos estilos representativos de ambas as escolas. As escolas internas (como Tai Chi Chuan) visam o desenvolvimento da energia vital (Chi) e a preservação da saúde até a idade avançada. Já as escolas externas têm por objetivo a luta marcial propriamente dita e o fortalecimento do corpo.

Antigamente, o Kung Fu (Wushu) era praticado de maneira diversa, onde os praticantes não se utilizavam de exercícios físicos específicos. Os próprios Katis (formas) serviam como meio à formação física. Hoje, com o desenvolvimento desta arte e sua inclusão em competições, os atletas buscam, através de técnicas específicas, o aprimoramento físico, melhorando conseqüentemente, suas qualidades naturais, como a força, velocidade, agilidade, flexibilidade e coordenação.